segunda-feira, fevereiro 26, 2007

depois do oscar...

esse ano resolveram premiar Scorcese, ele merece por táxi-Driver, ele merece! agora por "Os Infiltrados"?
bem, mas estava ali deitada na minha sala assisitindo aquele fake world todo e pensando em um monte de coisas... acabei sonhando com ritual de quimbanda e sofrendo pelas galinhas mortas! esse oscar foi pra mim, o que poderia chamar de uma provocação inconsciente, quem sabe não me depare hoje com uma fabulosa dança do ventre, com alguma Salomé me pedindo pra levá-la até um terreiro? saravá!
Sophia Loren usa um vestido amarelo em "A Queda do Império Romano". Ainda não havia feito a associação mas agora pensando melhor, ela é a mamãe Oxum mais impecável que o cinema já apresentou!
é.... tem alguma mensagem subliminar querendo me dizer alguma coisa....
o candomblé, mais uma vez, passou despercebido no meio de tanto glamour e pouco glitter!
afe, quanta consubstancialização!

sábado, fevereiro 17, 2007

luxo sólido solidão expandindo... every day is like a sunday


Who will dance on the floor in the round

hey now now!

Sorry...
Is all that you can't say.

Penso che un sogno così non ritorni mai più;
mi dipingevo le mani e la faccia di blu,
poi d’improvviso venivo dal vento rapito
e incominciavo a volare nel cielo infinito…

and then, now is always...

carnaval - o aval do canal anal.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

just listen to the music

quando a noite caiu senti a temperatura descer bastante. pintei as unhas de vermelho chocante. pesquisei sobre bonecas semana passada. e hoje me disses que desenhas bonecas!
quando te vi no meio daquelas pessoas todas eu nem acreditava na realidade. a cena de te ver vindo... cantando... na minha direção era tão insuspeita que sentia todas as minhas lágrimas bem na beira dos olhos. relutava que caíssem! não queria chorar antes de te ter mais perto, afinal só amenizaria o arroubo com um abraço teu!
estavas com o cabelo mais branco ainda e suspiravas entre uma palavrae outra. P. tocava aquele piano sem desviar o olhar de mim. sabia que eram a mim endereçadas todos aqueles sustenidos. do meu lado estavam duas amigas. duas ex-amantes tuas. sem nem querer que fosse diferente fazias questão da exposição. e era apenas a abertura! ah, querido como pude deixar-me envolver? vestíamos os dois preto. não te abracei. não consegui permanecer ali no saguão. saí antes de acabar a música. era real demais a tua música, a tua voz, a tua aproximação.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Lakme

o piano alçou vôo! bem na ponta da montanha caiu a minha primeira lágrima. sem nenhum reflexo.

domingo, fevereiro 04, 2007

parte I

quanto ao deus que agora busco era como se o tempo não tivesse mais concordância. a cena era num posto de gasolina depois dali a sequência mesmo não havia sido programatizada. a noite estava cheia de nuvens e durante o dia nem sai de casa. a liberdade se transformou numa ininterrupta viagem. cheguei no tempo, desisti das incomodativas roupas suérfluas. maquiei-me bem e dancei muito! afinal, quem disse que Deus é recognocível? figuras e rostos sobram no mercado e quando se chega no caixa o preço é sempre o mesmo. alma cansada mas corpo em riste! mulherzinha fervendo na panela! cheia de escassezas... fragilidade em conserva. e o joão-de-barro insistindo em matar a sua passarinha. ah, agora só como a fruta da estação e o resto são líquidos! todos com altas porcentagens de emoção! a coruja não pousou mais no meu portão. e nem mandei a carta. mensagem deletada.

ooh la la

ui, ui quanta dissonância do que eu tinha antes! aquela cor na parede já era pra ter sido mudada e quanto aos dois quadros que compõem a angulação com o corredor do centro não reconheci ainda a moldura antiga. quando eu sai sem me despedir direito a umas semanas atrás estava claro pra mim que concordavas com a atitude. assisti muitas coisas interessantes durante a viagem uma delas foi um travesti lindo que me demonstrou como é que se é tolerante com a diferença. enfim, preconceito gera preconceito e o cara sai por aí sendo tantas coisas diferentes e assimilando tantas linguagens que eu lembrei muito de ti quando falas em tolerância! pois bem, trouxe um lençol novo para a cama. a cor é a atual fisura: branco e preto! tudo muito clean! como ainda não tiraste essa caixa daqui? até dá vontade de começar tudo de novo e rir de tudo! com o amigo novo também aprendi a ser menos rígida com as noites. não vale a pena andar por andar e quanto ao almoço se não der pra comer, não tenho nenhum problema com isso definitivamente! salut!