domingo, fevereiro 04, 2007

parte I

quanto ao deus que agora busco era como se o tempo não tivesse mais concordância. a cena era num posto de gasolina depois dali a sequência mesmo não havia sido programatizada. a noite estava cheia de nuvens e durante o dia nem sai de casa. a liberdade se transformou numa ininterrupta viagem. cheguei no tempo, desisti das incomodativas roupas suérfluas. maquiei-me bem e dancei muito! afinal, quem disse que Deus é recognocível? figuras e rostos sobram no mercado e quando se chega no caixa o preço é sempre o mesmo. alma cansada mas corpo em riste! mulherzinha fervendo na panela! cheia de escassezas... fragilidade em conserva. e o joão-de-barro insistindo em matar a sua passarinha. ah, agora só como a fruta da estação e o resto são líquidos! todos com altas porcentagens de emoção! a coruja não pousou mais no meu portão. e nem mandei a carta. mensagem deletada.

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