quinta-feira, setembro 11, 2014

ela mesma.

neste dia ela saiu cedo, acordou  e se espreguiçando muito menos do que o usual, deu de cara com os sapatos verdes ao lado da cama, jogados ali no meio da noite mal dormida. ela não poderia supor tudo o que encontraria no dia em que começava, afinal nunca se sabe, não é, o que vamos encontrar, no que vamos tropeçar ou encontrar. olhou no espelho o rosto e as olheiras. não tinha o que fazer depois de ter dormido menos de 4 horas, elas eram irremovíveis debaixo dos seus olhos. tomou uma ducha, vestiu uma camisa bem leve, uma calça jeans. pegou a bolsa, os óculos de sol e penteou os cabelos lisos. saiu e o ar era agradável, cheiro de manhã, pássaros cantando e sol brilhando já. na sua frente um pelotão do exército fazia a sua ginástica matinal: 1,2,3 salve o Brasil! ela seguia com um pouco de pressa feliz de não ter bebido pelo menos. se o tivesse feito, tudo agora seria pior. chegou no trabalho e as horas passaram rápido, um projeto para um restaurante árabe e uma casa na praia era ao que ela se dedicava no momento. até que já era quase meio-dia, o sol se levantando impiedosamente para a sua pele branca, toca a campainha. ela foi abrir e era o porteiro: encomenda para Silvia. sim era ela mesma.

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