sábado, outubro 13, 2012

assoalho

o assoalho aqui é seco, já gasto. a sequência de pensamentos é densa, traz um gosto de vinho na boca e insiste em não me deixar suavizar. tem um quê de perpétuo tudo isto, toda este deslizamento ao sistematizar. hoje vi Caetano falando do tempo do exílio do quanto ele estava deprimido para fazer música, daí chamou o Macau e juntos fizeram o Transa, um dos meus discos preferidos dele. essa coisa de seco com fresco me faz pensar num exílio, ir para fora daqui, do que se sabe e produzir o máximo do que não se sabe e refrescar o lugar onde se pisa.

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