quarta-feira, outubro 01, 2008

linguageando-me


andávamos pela floresta e nem sabíamos que já era dentro dela. quando vimos os primeiros respingos de sol nem sabíamos que o mar estava ali bem pertinho. quando ouvimos o barulho das ondas pensamos que era o barulho dos nossos beijos, da paixão aliviando-se dentro de nós: era o mar! o nosso mar!

quando eu te vi nem sabia que se tratava em mim de um banho, de um mergulho para o meu melhor, para o meu primeiro, para as minhas origens! a poesia sempre esteve aqui, precisava tanto despertar para a claridade da minha fala, das minhas mãos. ser branca, com dizes. meu amor, não importam as dores que ainda haverão em mim, em nós e nessa floresta-mar : estamos, enfim, de mãos dadas! refletimos!

Um comentário:

Telma Scherer disse...

coisa linda! uau! slipt slapt e tuas palavras brilham de dentro desse mar (ou são águas de oxum?). oh tão bom ver as águas e os amores e os poemas refletidos um no outro (ou melhor, no canto do olho) (ou melhor, no olho do canto) (e o mar é todo canto) aliás quem precisa de quadrados? um luxo!