sexta-feira, abril 06, 2007

poligênero

quero a polissemia de cada dia: eu fui como imaginavam que eu fosse. eu não sou como imaginam que eu sou. eu nunca quis ter o que eles acham que eu tenho. eu tenho o que ninguém suspeita que eu tenha. eu sou o eu menos igual que eles conhecem. eu sou o meu duplo eu. eu sou o meu eu ao avesso do eu. eu sou o david bowie? eu sou o meu eu. o eu mais eu que eu consigo ser. sendo eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu eu eu eu eu eu: meu templo, o último seguro em meio um arredor de ruínas . existirá algo para para além dele? lá onde a mão alcança e diz: tu, este ou aquele que me faz também, igual ou diferente, o outro ou o mesmo, ou o mesmo outro, até sem saber a dor e a delícia se ser o que não se poderia ter sido, entretanto.

abraço,

MF