terça-feira, outubro 24, 2006

bem devagar...

isso! vem! vem e me toma! tira daqui oh... o que nem mesmo é meu! trava de um jeito que as mais avançadas tecnologias não convertam... ora, ora, não tens as mínimas condições! pessoa em pânico! vou te dar um susto! oh! oh! vai! te atravessa, sente e pára bem na frente do cara que acabou de ser atrolpelado! morre desgraça! morre ao menos por um átimo de segundo... reintegra, recicla essa mente dominada! servo besta! vai pra rua, dorme nela, te droga muito e não penteia mais a porra desse cabelo liso! não é ninguém que tá te dizendo isso, não! já está em ti, já és um paralítico! aqui todos precisamos ocupar, ocupe-se! mas ocupe-se com o corpo, com a merda dos sentidos, dos órgãos todos um sobre os outros. todo canceroso, doente, nesse organismo máquina datada, nessa fábrica de repetições, de regrinhas para a manhã e para a noite! vê se dorme um pouco e acorda com coceira, levanta os braços e grita ou abafa!
flexibiliza nem que seja um pouco o dedinho mínimo na esperança de que ele mande algum tipo de cheiro com vida pra o resto desse amontoado de deformidades que se constituiu o teu dentro, o teu avesso. dobra! dobra! retorce esse quadril! dança bem na boquinha da garrafa pra ver se ainda sai algum líquido outro daí!

Um comentário:

quasechuva disse...

loca vinda da boca enorme
lave-se a lida
minhas nas tuas ermas feridas
como as casinhas perversas que
desenrolamos