sábado, agosto 26, 2006

breve pausa para sara!

“eu devorei as minhas beiradas sem caroço nem paixão,mas aqui pelo meio eu sou mais quente, eu tenho equador com pimenta e me mordo vagarzinho. eu não amo de novo pra costurar um recomeço, uma chance um curativo ou um endereço. eu amo e não sou só”. (Sara Lee)

for sure, minha querida sara,

que bom tê-la assim escrita num sábado de manhã, na praia!
menina, acordei bem tarde hoje, tomei um banho quente e ouvi música muito, muito alto- minha mais nova paixão se chama Jamie Cullun e eu ouso dizer que estou cada vez mais bossa! Rárárá... bossa-jazz para ficar mais confundida na categoria dos que gozam sem nem tocar-se...
menina, menina, as últimas são as tais questões que já havia te adiantada- o sujeito contemporâneo ficou escasso demais e preferi voltar-me ao século passado, de vez!
os gritos da platéia são bem mais calorosos!
o abuso desse tropicalismo na pele dá um susto na mente mítica!
esse trecho de um texto antigo teu me começa e me corrijo nele! o centro é um arremesso e os dardos, estão desflechados. saem todos do meu punho. aprendi a jogar dardos com um antigo namorado: manter a distância certa, apoiar o braço que arremessará sobre o punho do outro braço, mirar bem no centro e aí disparar sem sair do lugar pré-determinado. tenho irremovível prazer quando se trata de arremessos! e, afinal, no dardo, todas as tentativas são recompensadas- isso eu também adoro! acumula-se pontos sempre, pois todos as dobras do círculo contém valores distintos... o centro, claro, é sempre mais quente!
não, querida, não era essa a analogia buscada, não! ela simplesmente se deu quando eu comecei a te escrever... tabuleiro de dardos, enfim!
quanto ao 'vagarzinho’... sim, sempre com pouca pressa e toda a técnica cabível! técnica, essa, aliás, bem sutil e sincera!
já te convidei para o almoço de domingo, Sara? teremos molho ao equador com pimenta e o centro ornamentado por pétalas de tulipa frescas! analogias são producentes, por vezes!
que seja breve a pausa entre os arremessos!
rumo ao centro,
Joana.

Um comentário:

quasechuva disse...

sou sem pontas, sou sem fio nem coalho.
para os alvos, braços e manchas abertos,
eu me jogo
mas de resto resguardo.
lindo lee