sexta-feira, junho 16, 2006

Angkor wat theme II

Era véspera. O dia tinha sido todo ele cinza, bem londrino... lembrei, vi todas as fotos... organizei as lembranças por álbuns! Algumas conversas esparsas e quase silenciosas. Aumentei o volume quando tocou a música, parecia estar te chamando... podes ouvir, não podes? E o telefone tocou. Era você! Falavas de longe. Mas, pelo menos estamos no mesmo estado! Risos...
Sempre muito espirituoso, uma voz doce de dar cócegas... me fez rir e deixou-me rubra, com comentários um tanto imaginativos sobre a minha atual aparência!
A tua voz está tão segura, imagino o império nazista alemão aos teus pés, dizia ele. Quero saber de todas as tuas teses, tuas hipóteses, projeções, enfim!
E eu, pensava na transferência! No quanto ela é importante, que sem ela não existe a troca! ... preciso ter como referência, admirar um tanto para daí fazer sentido! Temos a total possibilidade! Ainda não o toque, afinal, seguimos as ondas!
E ele continuava... estou ouvindo aqui uma música no rádio, com um certo ruído bem típico das ondas de comunicação, que me fez parar, acendi um cigarro e pensei no quanto não quero mais o conformismo, no quanto a dialética me rendeu uma ascendência ao instinto e daqui pra frente quero a “bossa nova” movimentando os meus princípios! Quero a réplica e todos os partidos altos! Sem abusos, claro, no entanto, com todos os seus be bop's! Ele tinha razão, ou melhor, tinha sentido! Era noite já, e na véspera não nos veríamos.
“A natureza é mais que estampa” e salve a tua bossa nova, meu querido!

3 comentários:

Anônimo disse...

Tens o império alemão a teus pés.
Tens palavras que valem por mil imagens...
Eu levo o Stan Getz, Miss Dietrich.

Anônimo disse...

Lindo, lindo! Tem um registro intimista, detalhista, dinâmico e quase silencioso, para usar as tuas palavras.

Anônimo disse...

Te amo bella !