sexta-feira, abril 01, 2016

cabeça estéril

por entre as pernas sangue vermelho, forte, ancestral, cheiro forte, impregnante. ontem enquanto menstruava também vomitava preto, marrom, laranja. cores terrosas, terra em mim - fértil - pronta pra dar frutos. o ventre jorra enquanto a cabeça explode em dor aguda cortante, como quem quer sair, nascer, deixar vir o fluxo em todo o corpo vivo. cabeça estéril doente. tartarugas falam comigo, demonstram um algo alucinante. a terra me chama, assisto a tudo, tenho medo, já não reconheço todos os sinais. que bom! a vida é mesmo um escândalo, um largo rio que denso leva e traz o que não identifico. que bom! vontade de sair correndo daqui, desta casa barulhenta, desta rua cheia de sujeira.

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