quinta-feira, novembro 06, 2014

ouvir pianos

desde de manhã ouço crianças falando alto com a turma da escola toda junta, toda diferente, toda maculada. depois saio rapidamente para ir ao correio, sedex, papel reciclado. reaproveitado. como um a comida que eu mesma faço, assim descongelando e botando para ferver: aipim com feijão. sim simples assim e bem sôfrego amarelado. a tarde passa ligeira entre mil tarefas a de limpar a casa: tirar o pó, passar um pano molhado em todo o piso e limpar o banheiro. entre emails, certezas e duvidas, serenidades meio socadas, meio entaladas, mas tudo assim como farofa com pipoca, tudo meio frugal só que não.... alivio por terminar a tarde e a limpeza obsessiva, vou ouvir pianos tocarem seus sobressaltos todos, aqui e acolá, assim de canto e com harmonia. encontro P. tomamos um vinho carmenère entre luzes amarelas e plantas. saímos de casa para comer algo na rua, queríamos conversar sobre tanto e cozinhar agora é desviar a atenção do vivido-despertado. jantamos juntos. ouvimos um som ainda juntos, depois não mais: cada um na sua casa: pianos. vizinhos.

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