segunda-feira, janeiro 29, 2007

mergulhada

que silêncio! quantas lacunas ! ando no meio do milharal. rejuveneço o quanto posso. não abro a geladeira à noite. quando menos espero pode contar que já nasceu o dia. eu nem precipito!

open your mind...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

de mudança...

aja saco para o mau-humor alheio... êta coisa mais egoísta! então a pinta chega e me enche de problemas e questões nível difícil... ah, não! quero a brisa do mar e a vertigem de me saber só! isso pode ser mais fácil sim M., mas agora, nesse momento... urgente é estar na beira do vento ouvindo uma seleção no mp3 que eu mesma gravei... quero o egoísmo de ser apenas eu!

retomando-me...

bolinhos de arroz

a tua casa tem jardim na frente. as minhas mãos vão tocando as flores e aguçam os espectros antes de entrar... gosto muito do barulho da lenha no fogo e em especial quando queima um nó de pinho... parece aquecer mais!não venho pedir nenhum tipo de empréstimo, só as minhas mãos que estão mais saudosas e o toque da banda dentro do meu peito trouxe-me como a maré cheia...lembrei hoje que o meu pai passava “vick” no meu peito antes de eu dormir! nas mão dele tinha um movimento tão longo... pesado...sentia lá dentro de mim, que a cada movimento das mãos dele, o meu peito se ampliava, respirava mais e mais infantil e sem nenhum tipo de sintoma com lama. ah, e também lembrei dos bolinhos de arroz com tempero verde da minha mãe! a casa ficou cheirando a fritura!inverno... as janelas fechadas....leve orientação para alguns quilos a mais! ainda mais usando duas calças!em relação ao nosso encontro sagaz, quase na soleira do hall...o que eu, terapeuticamente, gostaria de comentar é sobre a alucinação de um percurso paralelo entre nós. a impressão na pele de que tiranicamente não acabam as tuas alegorias e eu fico aqui, como que estanque numa bolinha de sabão dessas meio coloridinhas, esperando o teu próximo sopro!não tem luminosidade!e essa falta de exercício só pode estar contribuindo para uma aglomeração mercantil de substâncias com efeito moral em mim... aliás aquele antigo remédio que media a quantidade...lembra? esse não tem efeito nem em termos de olfato agora. todo o nosso racionalismo proposital e descontínuo foi destemperado quando a tal caixa (lembra?) foi aberta, por acaso, pela minha empregada.ela chegou, bem soturna e tímida pra mim, sendo que estava eu fixadamente concentrada e disse: desculpa interromper a senhora, mas acabei abrindo aquela caixinha preta ali, porque ela estava vazando e manchando todo o móvel da senhora!Jeito suave, o dela, de me mostrar o empapado dentro de mim! ora pois, como não vi antes que o que me bebias era por não teres tu, conteúdo próprio e pior: o teu jardim pega pó da rua. as tuas plantas não hão de resistir por muito tempo nessa recepção com ar de quem tomou comprimidos.ferradura já gasta quando me dei de costas, musa bem perturbada essa minha! latitude covarde depois de dar às costas e dos meus olhos soarem todas as minhas contraposições! chora mesmo, mulher... que de tão romantizada passa as noites a figurar alguns amontoados de palavras pra fazerem sentido pra não sei quem! pra não sei que mãos! pra não sei que pessoas sentirem agora uma vontade de deitar, ser criança e esperar o papai chegar trazendo o remédio de boa noite!todo esse discurso... como se o encontro não tivesse sido abrandado fingido!ou então a gente faz um pacto de não ver os chamativos anúncios de sexo barato dentro do lindo vermelho telefone público de Central London...ui, ui...enchi dessa besteira mansa de sempre achar que o mais premente é o encontro! as lembranças podem ser bem marcantes e ainda alimentarem- estou comendo bolinhos até agora!amanhã, corto as unhas e corro por três horas, salvo a respiração que tem de melhorar!quem disse que um sexo barato, de telefone público, não resolve!!!

o novo do velho: talvez esses textos já sejam conhecidos por alguns leitores mais assíduos. e, bem, isso não causa nada, não! ehehhe...

60% cabernet e os outros 40% malbec...

Chinelos amarelos, mel, laranja, vitamina C, bergamota, flores do campo, pastinhos para coelhos com florzinhas amarelas, toalha de banho com listras amarelas e até mesmo troquei as azeitonas por milho. Se pudesse escolher vestiria-me com macacaõ amarelo, desses tipo uniforme de grandes companhias capitalistas. Como não associo-me ao sistema em termos de existência propriamente dita, mantenho-me na margem quando se trata defazer campanhas, então... o preto e o marrom e o sóbrio, ainda me compõem usualmente. Tons de noiar... ainda mais com esse inverno que só dá vontade de hibernar- cobertas, mantas, tocas pra que os quero! Pra que te quero! Pra que te preciso e te sinto falta tanto assim!É nesses meses de meio do caminho, de beira de estrada que mais, abusivamente, meu coração pede passagem! Ando às voltas com melancolias que só podem mesmo amarelar-me! O xixi é amarelo! E o resto é marrom! Ah, as mãos parecem estarem mais velhas e os amigos cada vez mais casados! Menina, quanta alucinação! Sim, querido amigo, continuo andando, por supuesto! Continuo tentando escrever e lavar mais o rosto! O fio-dental que anda meio escasso ultimamente, porque quando vi, já adormeci no sofá...Voltando ao amarelo, essa matiz tem como característica mais imanente: chamar a atenção, não? Levando em consideração que comprei as tais sandálias-chinelo amarelas... bem, isso quer dizer que, inconscientemente, eu estou desejando chamar a atenção para os meus pés? Pode até ser real, sim... afinal, tenho carinho especial por essa parte do meu corpo, no entanto, estamos no inverno e nem mesmo posso mostrá-los com esse gélido frio...! Isso, talvez queira dizer que as surpresas ainda estão por vir e os esconderijos, agora, tapados de roupa e cobertores serão desvendados e evidenciados... e o tempo não para de passar! As estações não param de se seguir! O meu amor é de fronteira mesmo; e me abre para tudo o quanto. E me fecha e me hiberna e... não para de me fazer acreditar que numa bela tarde de sol, amarelo, vou te ver sobre os meus lençóis verdes. Amadurecendo-me...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

desconstruindo c.

é, pois é... por horas eu até pensei que poderia dar tudo certo! ficaria ali e me mostraria capaz de receber as direitrizes... estaria ali para o que desse e viesse como uma super heroína... riso amarelo quando me dei conta de que a ilusão acaba assim que o primeiro copo quebra e não deu outra: quebrou o copo! quebrou a jarra! quebrou o pé da mesa auxiliar! podes imaginar? o que ainda resiste é a cafeteira! é o café! mas até quando? até quando aquela cena do sofá, da cafeteira, do chambre... virá e me colocará insone?
descartada a ilusão, eu ainda insisto em cinematografar... me.
apertei o botão doelevador até o térreo. sabia que não tardaria em te encontrar. como é bom poder ouvir um mp3!

domingo, janeiro 07, 2007

tamanquero quero um pá, quero um pá de tamanco pra eu calçá


Papaloko ou sé van
Pousé-n alé
Nou sé papiyon
Na pote nouvèl bay agoué

E tou sa ki di biyin
Jé-m layé
E tou sa ki di mal o-o
Jé-m layé

Papaloko ou sé van éy
Pousé-n alé
Nou sé papiyon
Na poté nouvèl bay agoué

Paròl Papaloko, paròl ampil-o
Pousé-n alé
Nou sé papiyon
Na poté nouvèl bay agoué.
(AXIAL)