casa no morro ouvindo grilos, lagartos, passarinhos variados. é com delicadeza que vou colhendo as penas que caem no chão enquanto eles sobrevoam aqui a clareira no mato que dá para o mar. caminho meio cruzado com um cachorro de fuço grande, cabeça grande e olhar profundo lânguido que me acompanha de manhã. danço com os ventos, converso com as direções e vou abrindo os caminhos ásperos em direção ao sutil. uma bicicleta passa em frente à câmera. ainda colho as penas que caem resta agora sobrevoar o lugar de poder como um pássaro semse importar com as interferencias imprescindíveis que me fissuram e necessariamente mudam a energia inicial, movimentam as imagens e me voltam ao todo acentrado cósmico.
