terça-feira, julho 29, 2008

barulho de entrar sem ser notado


sim pouca luz! essa mania irretocável que alguns yanques têm de relinchar quando o bom mesmo é falar ao ouvido. caminhando devagar se pode confundir um parque com um restaurante de toalhas brancas onde o garçom é quase o grande amor da vida! ele chega, me pergunta qual a bebida, me dá uma carona e abre a portinha do meu inconsciente: estou entrando na florestinha, na floresta mais esperada dos últimos meses e porque não dos exatos instantes em que escrevo. sem nem ter tomado o vinho tinto.

segunda-feira, julho 14, 2008

o meu olho

sobre o olhar existem muitas teorias. algumas delas mais humanistas, outras mais científicas. eu sempre encontro no meu olhar um sentido afetivo. as imagens que mais me marcam são as que mais me emocionam. não consigo dissociar o que estou sentindo daquilo que vejo. sempre que me deixo estar e ver quaisquer coisa, ela me toma de um jeito inteiro... ver alguém, ver o mar ir e vir, a cidade, um inseto, uma passagem...
em qualquer momento: vejo e sinto: um pouco, muito, o bastante, aquém... sempre que é assim eu posso fechar os olhos e ver de novo o que aconteceu. quando fecho os olhos vejo perfeitamente a noite de ontem... todos os detalhes dela, os instantes enfileirados, configurados a partir do modo como os vi! o mesmo intuito: não perder a causa e o efeito do que eu estou vendo.
claro que eu acho que penso demais! certamento poderia ser mais superficial e menos sensível a esses aspectos cheios de representações. cheios de significantes e significados.
quando quero imagino adoro pensar que a noite de ontem poderia ser diferente e, vê-la diferente abre os sentidos todos. porque não foi desse jeito e foi daquele? as plantas crescem e são possíveis somente daquela forma, mas eu não! eu posso muitas e muitas coisas diferentes dessas, diferentes das que já estão aqui. construí-las através de mim, da minha visão entorpecida ou não... mas sempre a partir dela! com ela!
o meu barquinho de imaginar, o meu vôo livre para a criação minha. tudo o que eu vejo está aqui, em mim de um jeito tão único e viril que quando quero apenas ver e lembrar de um jeito menos profundo é como se já estivesse sem ver, sem a possibilidade das cores na retina.
nem sei ao certo quantas vezes pensei sem tem visto, talvez uma vez quando eu estava com tanto sono e bêbada que me tranquei no banheiro feminino, as vozes eram tantas que me embalavam pra um sono profundo__ só acordei quando um homem me confundiu com outra pessoa. sai e disse o meu nome. ele ficou tão constrangido e eu peguei um táxi.